Fodam-se os iludidos
Os otários, os coitados
Que balbuciam palavras de outros
Engolem-nas sem mastigar
Cospem suas silabas tônicas
Vomitam seus versos
E seguem sem compreendê-las
Malditos aqueles que se escondem sob a boa ou má capa de outros
Covardemente protegendo-se do inevitável que é estar vivo -
A estes, o meu muito obrigada
Pego emprestado os seus restos de existência
E talentosamente os teço em retalhos
Aumentando a minha em cem vezes mais