você que já veio e você que está

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Foi então que resolvi parar para refletir. Na minha reza diária, que faço antes de dormir, peço sempre e invariavelmente "felicidade". Seria justo que, num mundo de sei lá quantas bilhões de pessoas, toda a felicidade fosse minha? E, se fosse, o que teria eu feito para merecê-la tanto assim? Chego a respostas completamente nulas. Não sei. Não sei mesmo, e é engraçado porque, geralmente, eu costumo saber das coisas. Saber não de ser sabe-tudo, mas de ter uma opinião formada sobre tudo. Uma idéia, uma forma, uma concepção sobre tudo. "Eu prefiro ter aquela velha opinião formada sobre tudo do que ser uma metamorfose ambulante". O fato é: você nasce, cresce, vê as coisas se transformando a sua volta, entende algumas, outras simplesmente ignora, enquanto terceiras mais se parecem com mistérios insolúveis. Indubitavelmente, esse dia vai chegar para você também, amigo. O dia em que a única resposta para toda e qualquer pergunta que possa surgir proveniente de dúvida é: não sei. Pode soar frustrante. Mas é humano, é puro, é essencial ao rumo da sociedade. Porque ela está indo a algum lugar, não está? É normal - seja lá o que normal for. Seria realmente delicioso que todas as respostas eclodissem como que do nada de dentro do peito de cada um, como pássaros ligeiros. Ou será que não seria? Conformar... conformar. É... meio louco isso de ficar pensando sobre as coisas, como se pensar sobre elas fosse resolvê-las ou de fato adiantar de algo. Não vai. Mas isso não é motivo suficiente para me convencer de que não vale a pena remoe-las. E obrigada por perder dois minutos do seu tempo, pensando, aqui, comigo. Já acabei, agora vai dar uma olhada naquele arroz que você deixou no fogo...