você que já veio e você que está

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Te amo

Eu, aos tropeços, esperando-te na frente do bar.
Eu, não me esqueço, sei que não mereço te amar.
O dia todo pensei em ti, até que pensei poder te encontrar
Vim cambaleando até aqui, com medo de te encabular
Mas, se puderes, venhas ter comigo
Preciso-te duas palavrinhas falar
Mas, por favor, amor, não te demores,
os segundos são ágeis
E eles não hesitarão em passar
Sou bêbado de bar
Sou bêbado de amor
Desculpa-me se te causei dor
Sou bêbado de fúria e razão, não te vás, fiques

Espera! Espera!
Prometo já me terminar

Tu sentes aí que vou já explicar
Desculpa-me se sou um vulgar, é que sem ti, para mim,
não dá.
Eu sei e não me esqueço, não mereço te amar.
Só não tomes para ti o meu pesar, não resista a se deixar encantar
E, então, amor, possa me desculpar.
Te amo como a lua da noite, que tenta tocar o mar
Mesmo sabendo que não conseguirá; mas que, com seus reflexos, se vê nele espelhar;
Como o vento que leva as coisas boas, mas também as más;
Te amo como aquele cavalheiro àquela senhora nunca ousou amar
(não fiques zangado, bom cavalheiro, é que preciso convencê-la)

Te amo porque adoro sofrer
Tu és o meu mais delicioso mártir.